quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Presos quatro acusados de incitar linchamento em Vila Curuai


Quatro homens envolvidos no linchamento de João Augusto Farias Viana, apelidado de “Mungu”, foram presos na noite de quarta-feira (8) em Vila Curuai, zona rural de Santarém, oeste do Pará, por policiais civis e militares. Miguel Régis de Sousa, de apelido “Tica Bode”, 36 anos; José Régis de Sousa, conhecido por "Zé Bucho”, 33; Domingos Régis de Sousa, mais conhecido por “Dominguinhos”, 27, e Nilson Farias Cerdeira, 33, apelidado de “Professor Nilson”, são apontados como os responsáveis por incitar o assassinato.

Eles tiveram as prisões temporárias decretadas pelo juiz Gerson Marra Gomes, titular da 10ª Vara Penal Privativa. Os presos foram conduzidos para a sede da 16ª Seccional Urbana em Santarém nesta quinta-feira (09). As ordens de prisão foram cumpridas pelas equipes de policiais civis da Superintendência Regional do Baixo e Médio Amazonas, da Seccional Urbana de Santarém e do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação), com apoio das Delegacias de Monte Alegre, Óbidos e Juruti.

José Augusto foi morto a tijoladas e pauladas no último dia 22 de janeiro, na Vila Curuai, região do Lago Grande, nos limites de Santarém com os municípios de Óbidos e Juruti, por um grupo de pessoas, entre as quais os acusados. Eles foram identificados em imagens do linchamento, registradas por telefone celular.

Motivação - “Mungu” foi retirado de um posto de saúde pelos acusados e morto em frente ao local. Ele era acusado de ter assassinado com uma facada o líder comunitário Rosivan Silva de Sousa, durante uma partida de futebol na comunidade de Cruzador, próxima à Vila Curuai. Três dos quatro presos – Miguel, Domingos e José - são irmãos de Rosivan.

Para chegar à região, os policiais utilizaram barco, lancha de abordagem e motocicletas das Polícias Civil e Militar. Participaram da prisão o efetivo da Vila Curuai e policiais militares do Grupamento Tático Operacional do CPR-I (Comando de Policiamento Regional), com sede em Santarém.

Os agentes foram para Vila Curuai, situada a cerca de oito horas de barco da sede de Santarém. Na localidade, saíram em busca dos homens apontados como os principais incentivadores do linchamento, com participação direta no crime. Durante a prisão, um dos acusados disse que tinha problemas cardíacos, e acabou sendo levado ao Hospital Municipal de Juruti, onde passou por uma avaliação médica, que não diagnosticou nenhuma anormalidade cardíaca. O médico receitou apenas um calmante.

Segundo os policiais, prosseguem as investigações para identificar os outros envolvidos no linchamento. O inquérito é presidido pelo delegado Luiz Paixão, da Seccional Urbana de Santarém.
Texto: Walrimar Santos-Polícia Civil

ACARÁ: Empresa operadora de compra premiada é alvo de ação do Ministério Público


A promotora de justiça de Acará, Ana Carolina Vilhena Gonçalves, entrou com uma ação civil pública contra a empresa Eletromil, para suspender a atividade comercial, a celebração de novos contratos com os consumidores e a realização de sorteios no município e no Estado do Pará, com a busca e apreensão de valores nos estabelecimentos da empresa localizados em Bacabal (MA) e no Acará (PA). 

Essas e outras medidas foram necessárias diante da quantidade de reclamações e da postura adotada pela empresa nos últimos dias. O juiz Adelino Arraz, responsável pela comarca, deverá julgar o pedido.(Texto: Ascom MPE)

Desarticulada quadrilha especializada em roubos a bancos no sudoeste do Pará

Agência Pará

A Polícia Civil divulgou, nesta quinta-feira, 9, os resultados da operação "Avalanche" deflagrada na cidade de Uruará, sudoeste do Pará, a cerca de mil quilômetros de Belém. Realizada pelas Polícias Civil e Militar do Pará, sob coordenação da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos (DRRB), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), a ação policial contou com apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), do Grupo de Pronto Emprego (GPE), do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar e de policiais civis e militares da Superintendência Regional de Altamira e da Delegacia de Uruará.

Os agentes desarticularam e prenderam uma quadrilha especializada em roubos contra instituições bancárias na modalidade conhecida por "vapor" em que bandidos armados sitiam cidades e fazem reféns na fuga após o assalto. Com os presos, dezenas de cartuchos, uma arma de fogo e outros materiais usados nos crimes foram apreendidos. A operação policial, explica o delegado Ivanildo Santos, diretor da DRCO, é resultado de um plano de ação articulado pelo Sistema de Segurança Pública do Pará, para prevenir e reprimir, de forma integrada, crimes praticados por quadrilhas armadas contra instituições financeiras registrados, principalmente, no interior do Estado.

A ação policial foi deslanchada após o Núcleo de Inteligência da Polícia Civil ter detectado movimentação suspeita de "quadrilheiros" na região. A desarticulação do bando teve início após a prisão de Paulo Henrique Moreira Pinto, natural e residente em Altamira. Ele foi encontrado na Rodovia Transamazônica, zona rural de Uruará, no último dia 6. Paulo foi abordado pelos policiais após deixar o restante da quadrilha em um acampamento próximo da cidade de Placas, na mesma região.

O bando pretendia assaltar a agência do Banco da Amazônia. Paulo Henrique dirigia um veículo Voyage de placas JHW-1904, do Distrito Federal, de propriedade do policial militar Gilmar Pinheiro dos Santos. Dentro do veículo, no momento da abordagem, foram apreendidos dois estojos deflagrados de munição calibre 380. Diante da prisão, as equipes policiais deslocaram-se até o acampamento da quadrilha onde foram presos José da Silva Viana, conhecido por "Zezinho da Júlia" ou "Zezinho do Curral"; Gilmar Pinheiro dos Santos (policial militar); Eduardo (ou Antonio) Lopes da Silva, de apelido "Daniel Cabeça", e Andreive Coelho Barros, de apelido "Cabeça" ou "Cabeção".

Havia um quinto integrante do bando, de nome Denício Gonçalves Queiroz, também conhecido pelas alcunhas de "Barbudo", "Gaúcho", "Fazendeiro", "Maurício" e "Wesley", que estava fora do acampamento trafegando em um carro modelo Fiat Pálio, de placas NOL-4564, de Manaus-AM.

Durante a abordagem ao acampamento da quadrilha, os policiais foram recebidos a tiros de armas de fogo por parte dos bandidos. Ao revidar os disparos, os policiais conseguiram fugir pelo meio da mata fechada, abandonando no local um rifle de calibre 223; munições de calibre 556; 252 cartuchos intactos de calibre 12; uma bússola; um casaco camuflado; uma corda de retinida; uma máscara tipo brucutu; duas emulsões de explosivos e mantimentos para se manterem na mata fechada após o crime.

A ação policial evitou a execução do plano criminoso da quadrilha que seria roubar a agência do Banco da Amazônia do município de Placas. "É de conhecimento das Polícias, que a quadrilha, além do armamento e munições apreendidos, portava ainda quatro espingardas de calibre 12, um fuzil de calibre 556 e uma pistola importada da fabricante Glock de calibre 380, armas que até o presente momento não foram encontradas", explica o delegado.

O policial civil ressaltou que, durante a fuga, os bandidos tomaram de assalto um veículo de um morador local, que por ali passava de madrugada, e se dispersaram na região, "Integrantes do bando ficaram nas cidades de Uruará, Brasil Novo e Altamira", apurou. Já no último dia 7, os policiais, após a identificação de todos integrantes da quadrilha, prenderam com apoio da Corregedoria da Polícia Militar de Altamira, o policial militar Gilmar Pinheiro dos Santos, no momento em que ele chegava em casa em Altamira.

Também foi preso Francisco José Moreira do Nascimento, na noite do mesmo dia, em Uruará. Ele é responsável pelo apoio logístico para a quadrilha em Uruará. Com ele, 28 munições de fuzil calibre .30 foram apreendidas. Na casa dele, uma pistola de calibre 380, com dois carregadores e seis munições, também foram apreendidos. Em continuação às investigações, por volta de 23 horas do dia 7, Denício e "Daniel Cabeça" foram localizados em um ramal que dá acesso ao rio Iriri, zona rural de Uruará, a cerca de 12 quilômetros da sede do município, em ação conjunta das Polícias Civil e Militar, sob comando do delegado André Costa, titular da DRRB, e do capitão Silvio, da Corregedoria da PM de Altamira. No momento da abordagem, houve troca de tiros com os assaltantes em que Denício foi baleado.

Ele chegou a ser socorrido ao hospital local, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O comparsa dele, "Daniel Cabeça" fugiu por dentro da mata. "Há indícios de que os integrantes da quadrilha sejam responsáveis por diversos assaltos também na região do Baixo-Amazonas, como os roubos aos bancos de Rurópolis, Medicilândia, Novo Repartimento e Pacajá ocorridos em 2011, bem como de outros roubos a bancos ocorridos em outros Estados, como Amazonas, Bahia, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão", ressalta o delegado Ivanildo Santos.

As buscas para localizar e prender o restante da quadrilha permanecem como esforço conjunto das Polícias Civil e Militar, em Uruará, junto com unidades do GPE e da COE e ainda com apoio dos demais municípios da região, sob coordenação da Superintendência da Polícia Civil de Altamira e Comando Regional da Polícia Militar de Altamira. "Essas ações preventivas já estão sendo desenvolvidas em outras regiões do Estado e novas operações semelhantes devem ocorrer em breve", assegura o delegado.

Em tempo de inspeção da FIFA no estádio Barbalhão, você lembra do velho estádio Elinaldo Barbosa?


Envie para o Blog do Estado seu depoimento sobre o antigo estádio municipal Elinaldo Barbosa, o Barbosão, inicialmente denominado de Estádio Aderbal Tapajós Caetano Corrêa.

Hemopa faz campanha de doação no caranaval em Santarém



Da redação de O Estado do Tapajós

A partir do dia 13 de feveiro, quando começa o período carnavalesco,  o Hemopa de Santarém vai promover a  Campanha de Doação do Carnaval, visando deixar o estoque abastecido para os dias de folia.
Em janeiro, a Fundação Hemopa de Santarém voltou a pedir à sede do Hemopa, em Belém, um reforço de bolsas de sangue por causa do baixo estoque no  unidade do órgão no município.

Para normalizar o estoque de sangue, o Hemocentro de Santarém precisa  conseguir  250 bolsas de sangue. O baixo estoque de sangue põe em risco o atendimento a pacientes internados nos hospitais da regiao Oeste do  Pará.


Em razão do Carnaval, Tapajós informa que as atividades do Hemopa em Santarém encerram na sexta-feira, dia 17 de fevereiro, e só retornam na quarta-feira de cinzas.

Eleitor que não votou no plebiscito tem até hoje para fazer justificativa

Termina hoje o prazo para que o eleitor que deixou de votar no plebiscito do dia 11 de dezembro de 2011 se regularize perante à Justiça Eleitoral.

O eleitor que perder esse prazo vai ficar impossibilitado, por exemplo, de se inscrever em concurso público ou requisitar a emissão de CPF.

Pará deve se tornar área livre de aftosa

Pará vai se tornar área livre de aftosa (Foto: Ney Marcondes)
                                     (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)




O Ministério da Agricultura trabalha com a perspectiva de obter, até o final deste ano, a elevação do status sanitário do Pará como um todo à condição de área livre de febre aftosa. Hoje, apenas as regiões sul e sudeste do Estado têm o status de área livre, permanecendo as regiões nordeste e oeste do Pará, além do arquipélago marajoara, como áreas de baixo risco para a doença.
O assunto foi objeto de reunião ocorrida ontem em Belém com a presença do secretário nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Francisco Sérgio Ferreira Jardim. Ele participou, no início da tarde, de um encontro de trabalho com o presidente (e diretores) da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Fernandes Xavier, e com o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), Mário Moreira, presente também o secretário de Agricultura, Hildegardo Nunes.
A reunião, convocada para tratar especificamente do combate à aftosa, prolongou-se até o início da noite e será retomada hoje, também no edifício sede da Faepa, já com a presença de Plínio Lopes, coordenador nacional do Programa Nacional de Erradicação da doença.
Francisco Jardim informou que, na região Norte do Brasil, os Estados de Rondônia e Acre já atingiram o status de áreas livres de aftosa. Amazonas, Amapá e Roraima são ainda considerados áreas de alto risco para a doença. O objetivo do Ministério é fazer com que eles galguem mais um patamar, alcançando o status de áreas de baixo risco, também ainda este ano. Na mesma época - espera-se - o Pará todo deverá ser considerado livre, condição que o governo espera ver alcançada também pelos Estados da região Nordeste do país - Maranhão, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco.
MERCADOS
O diretor geral da Adepará, Mário Moreira, destacou que a elevação do Pará ao status de área livre de aftosa, tida pelo Governo do Estado como praticamente certa, vai abrir novos mercados, dentro e fora do Brasil, para o boi vivo e para a carne produzida no Pará. A mudança de status vai representar também a melhoria de preços e a atração de novos frigoríficos para o Estado, na sua avaliação.
Não menos importante, porém, segundo o diretor geral da Adepará, é que animais de alta linhagem, principalmente do nordeste paraense, poderão participar finalmente de exposições em todo o país, ampliando inclusive as possibilidades de comercialização de material genético produzido dentro do Estado. “Uma mudança como essa representará a redenção da pecuária para as regiões oeste, nordeste e Marajó”, finalizou.

IMPORTANTE
O secretário de Agricultura do Estado, Hildegardo Nunes, disse que o governo vê com grande expectativa a possibilidade de mudança do status sanitário, por ele classificada como decisão de enorme importância
socioeconômica, sobretudo pelo que ela representa em agregação de valor e em abertura de novos mercados. Hildegardo Nunes observou que, pessoalmente, ele se sente recompensado, já que foi em sua primeira passagem pela Sagri, entre 1995 e 1998, que ocorreu a inserção do Pará no circuito nacional de combate à febre aftosa.
(Diário do Pará)