quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Líder do PDT pede CPI para pesquisas eleitorais

 
O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), apresentou nesta quarta-feira (31) requerimento de criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar os erros nas pesquisas eleitorais nas últimas eleições. Após protocolar o documento, as 225 assinaturas – o mínimo necessário é 171 – serão analisadas pela Mesa Diretora da Casa, que encaminha o documento para leitura em plenário. A instalação depende dos líderes partidários.
“Nós tivemos em várias capitais números completamente divergentes. Os resultados apresentados na véspera da eleição foram completamente diferentes do que se constatou no dia da eleição”, disse Figueiredo, ao justificar a apresentação do requerimento. Nesta eleição, até em pesquisas de boca de urna houve problemas. O Ibope, por exemplo, admitiu erro nos levantamentos realizados em Curitiba, Manaus e Salvador.


De acordo com o pedetista, houve “algum tipo de erro” nas pesquisas em 21 das 26 capitais. A intenção ao apresentar o pedido de criação da CPI é fazer que elas “não possam mais ser utilizadas como manobra de consciência do eleitorado”.  Além disso, a ideia é também criar uma regulamentação para o setor a partir da apuração da comissão. “Nós queremos uma regulamentação para que as pesquisas possam ser melhor aproveitadas e melhor apresentadas e que elas não possam servir, como hoje, como um grande fator de influência na vontade do eleitorado brasileiro”, disse.

Depois do processo de conferir as assinaturas e ler em plenário, começam as negociações dos líderes para compor o colegiado. Se os partidos não indicarem, a obrigação recai sobre o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Atualmente, existem outras três CPIs em atividade na Casa: Trabalho Escravo, Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e Tráfico de Pessoas no Brasil. Ainda existem duas comissões mistas, a do Cachoeira e a da Violência contra a Mulher.


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TCU recomenda bloqueio de recursos de obras na BR-163

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, ontem, o relatório de consolidação das fiscalizações de obras de 2012. Neste ano, foram fiscalizadas 200 obras por meio do Fiscobras e as correções propostas podem gerar benefícios de até R$ 2,5 bilhões.

No Pará, duas obras foram consideradas em situação irregular: Obras de abastecimento de água em Augusto Corrêa/PA e Construção de trechos rodoviários no Corredor Oeste-Norte/ BR-163/PA - Divisa MT/PA - Santarém, ambas incluídas no PAC.

Uma terceira obra se localiza na visia dos estados do Pará e Tocantins: a ponte sobre o rio Araguaia, ligando Xambioá(TO) a São Geraldo do Araguaia(PA).

Dentre elas, destacam-se também quatro obras para construção de terminais portuários fluviais no Estado do Amazonas. 

Após aprovação, o relatório será enviado ao Congresso Nacional. As informações subsidiarão a Comissão Mista de Orçamento (CMO) na distribuição de recursos orçamentários para o próximo ano.

Tv aberta não transmitirá Paysandu x Macaé

Dirigentes do Macaé exigiram que a Tv Cultura do Pará, que planejava transmitir para todo o Pará a partida entre Paysandu e Macaé, sexta-feira, direto de Paragominas, pela semifinal da série C do campeonato brasileiro, exigiram o pagamento de 18 mil reais para autorizar a transmissão da partida.

A exigência do Macaé inviabilizou a transmissão da Tv Cultura, o mesmo que aconteceu em 2010, pelas finais da série D, quando o São Raimundo disputou o jogo de ida em Macaé, sagrando-se campeão brasileiro no segundo jogo, em Santarém. 

Há possibilidade da partida será transmitida por um canal de uma emissora de televisão por assinatura, o Sport TV.

Presa quadrilha que aplicava golpe da indenização judicial em todo o Brasil

Agência Pará:
Polícia Civil do Pará desarticula bando de golpistas que agia em todo Brasil Investigações coordenadas pela equipe da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT), da Polícia Civil do Pará, resultaram na prisão de uma quadrilha responsável por aplicar golpes em vítimas em todo Brasil. No total, sete pessoas - três homens e quatro mulheres - foram presas com mandados de prisão preventiva e foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão domiciliar, nesta quarta-feira, 31, na cidade de Praia Grande, litoral sul do Estado de São Paulo.

A operação “Montepio” foi coordenada pela delegada Beatriz Silveira, titular da DRCT, e contou com apoio da Polícia Civil paulista por meio de policiais civis do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e do Dipol (Departamento de Inteligência). A operação resultou nas apreensões de materiais utilizados para enganar as vítimas.

Os criminosos enviavam cartas às casas das pessoas com documentos fraudados para parecer correspondência oficial de órgãos públicos. Nas cartas, as pessoas eram informadas de que tinham quantias a receber na Justiça referentes a indenizações. Os envelopes ostentavam timbres de autarquias ou grandes escritórios de advocacia. A vítima acreditava na veracidade da indenização e acabava aceitando pagar taxas a título de custas do processo para liberação do dinheiro.

Os golpistas chegam a usar nomes de desembargadores para aplicar o golpe. A delegada Beatriz Silveira informa que o bando fez diversas vítimas em todo Brasil. Ainda não é possível mensurar o montante do golpe. O grupo era especializado em aplicar o chamado "Golpe do Montepio". As investigações duraram cerca de quatro meses, logo depois que pessoas ligadas ao Poder Judiciário do Pará receberam cartas com documentos timbrados informando das falsas indenizações.

Uma das vítimas de Belém chegou a depositar cerca de R$ 30 mil na conta bancária de “laranjas” utilizada pelos criminosos. Durante as investigações, a Polícia Civil do Pará verificou que a prática criminosa era cometida a partir de um imóvel usado como escritório de advocacia, sediado em Praia Grande (SP). Do local, partiam as ligações dos golpistas que se passavam por advogados.

Ao receber as cartas enviadas, as vítimas eram orientadas no documento a entrar em contato com dois números telefônicos, com DDD do Estado de São Paulo. Nos telefonemas, as pessoas conversavam com os golpistas que se passavam por advogados, de nomes falsos Ana Paula e Renato, responsáveis em acompanhar o processo para liberação das indenizações. 

Os falsos advogados informavam às vítimas que haviam lhes enviado correspondência com ofício informando que a pessoa teria direito a receber um pecúlio em espécie a título de seguro.
A quantia deveria ser depositada em uma conta corrente de um banco particular. As quantias extorquidas de vítimas em todo Brasil chegam a variar de R$ 75 mil a R$ 280 mil. As vítimas depositavam o valor solicitado pelos golpistas, que desapareciam e não eram mais encontrados. A Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos do Pará passou a investigar as atividades da quadrilha e, a partir das provas, obteve na Justiça do Pará as decretações das prisões do envolvidos no crime.

Entre os presos estão Hélio Aparecido Teixeira de Campos, que se passa pelo suposto advogado Renato; Bruna Fernanda Xavier, que se identifica como Patrícia; Rosana Alves Pereira, que se identifica como Ana Laura; uma mulher de prenome Luciana, que se identifica como doutora Maria Helena, e um homem conhecido como Júnior, responsável pela obtenção das contas bancárias