terça-feira, 19 de março de 2013

Boataria levou Jatene de Belém aos Estados Unidos

Paulo Bemerguy
Do Espaço Aberto

Foto: Agência Pará/Arquivo
Uma boataria danada tomou conta de Belém, no último final de semana.
Para o poster, dois ou três telefonemas sustentavam com ênfase que o governador Simão Jatene estaria viajando aos Estados Unidos, para submeter-se a uma bateria de exames que poderiam deixar, como diríamos, mais transparente seu estado de saúde depois dos procedimentos recentes, em São Paulo, para a implantação de mais um stent - o quarto, desde 2009 - em seu aparelho cardíaco.
Mas que nada.
No sábado ainda, Jatene já se encontrava em Belém, mas observando um repouso que só tem sido interrompido para alguns contatos com o governador em exercício, Helenilson Pontes, com quem ele fala frequentemente.
No mais, o governador lê, assiste televisão e relaxa o mais que pode, recarregando as baterias para voltar ao batente no início de abril, depois de passar a Semana Santa em Salinópolis.
E quando retornar ao batente, Jatene, por recomendação médica, precisará mudar alguns de seus hábitos, o que incluirá fazer mais exercícios, de preferência caminhadas assíduas, que nada têm a ver, como se sabe, como as marchas batidas eventuais de políticos durante campanhas eleitorais.
Jatene implantou seu primeiro stent em 1999. Dez anos depois, portanto em 2009, implantaria mais dois. E agora em 2013, o quarto, implantado apenas quatro anos após o último procedimento.
Mesmo antes do falecimento do ex-governador Almir Gabriel, já havia indicações que Jatene precisaria submeter-se à quarta implantação.
A morte de Almir, que deixou Jatene bastante abalado emocionalmente, não chegou a precipitar a viagem do governador a São Paulo, mas a tornou irreversível, até mesmo porque a hipertensão que o acomete não estava mais sendo controlada eficazmente por meio de medicamentos.
Depois da implantação do quarto stent, e considerando que o cargo exercido por Jatene tem um relevante potencial de estresse, os médicos recomendaram que ele retornasse a Belém e ficasse, como se diz, na muda por algumas semanas, para voltar a plena carga.
Eis a razão do repouso.
Em Belém, e não nos Estados Unidos, seja bem dito.

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