quarta-feira, 20 de março de 2013

Big Brother em Santarém

O Centro de Informações e Operações Policiais(CIOP) deve contar, em breve, com câmeras de vigilância instaladas, inicialmente, no centro comercial de Santarém.

Lojistas que possuem equipamento instalado em frente a seus estabelecimentos poderão, também, conectar a câmera à central de monitoramento da polícia.

Pedofilia: Cardeal mordeu a língua

Do Blog do Parsifal

Erro e reparação

Cada vez mais a opinião pública patrulha o que deve e o que não deve ser dito. Principalmente quando quem diz é uma autoridade com capacidade de repercussão além da própria aldeia.
Declarações polêmicas ajudam na formação de novos conceitos quando elas estabelecem discussões globais. Age com sabedoria quem as profere e, em seguida, percebendo o equívoco, humildemente se coloca em culpa, desculpando-se imediatamente.
Esta foi a atitude do cardeal arcebispo sul-africano Wilfrid Napier, um dos eleitores do conclave, que, na semana passada, respondendo à indagações sobre pedofilia na Igreja Romana, cometeu a frase abaixo: 

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À repercussão extremamente negativa da declaração, entendida como uma tentativa de justificar a pedofilia flagrada nas sacristias, Napier não se arremeteu à ortodoxia dos que se arvoram em donos da verdade: baixou a cabeça ao mundo e pediu, sem rodeios, as desculpas abaixo: 

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Aplausos a Napier pela humildade de saber que errou. A pedofilia é um crime mesmo se praticado por pessoas doentes. Se o criminoso é uma autoridade religiosa o crime se torna mais grave, exigindo punição mais rigorosa, não só da Justiça, como da igreja a qual pertence quem o perpetrou. 

A Igreja que não faz isso, esta sim, está gravemente doente.

Propina para internação de pacientes em hospital público envolveria funcionários e médicos

O vereador Paulo Gasolina(DEM) denuncia que há um grupo de servidores dos hospitais públicos de Santarém que cobram para antecipar internações e consultas de pacientes de outros municípios que não são encaminhados pelo SUS através do sistema TFD(Tratamento Fora do Domicílio).

Com a  palavra a direção da Semsa e da Sespa.

A Tecejuta


Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós 

Cabeças das máquinas de tecelagem abandonadas. Foto: Carlos Matos


Em 3 de setembro de 1953 o ministro da Fazenda, depois de ouvido o Banco do Brasil, informou ao presidente Getúlio Vargas, em exposição de motivos, que “fora atendido em caráter excepcional o pedido da Companhia de Fiação e Tecelagem de Juta de Santarém, para que sejam importados três conjuntos de geradores de 400 kw e 10.00 sacos de cimento, em moeda não conversível”.
 
Era o resultado de duas audiências que Elias Pinto, levando consigo os irmãos Tuji, imigrantes japoneses que trouxeram a planta da Ásia, tivera no Rio de Janeiro com o presidente. 

A audiência foi marcada porque Getúlio se impressionou com a saudação que o jovem político (então com 25 anos) lhe fez em Santarém, durante sua passagem pela cidade, em campanha eleitoral, em 1950. 

Entregou-lhe um cartão e disse-lhe que, se fosse eleito, devia procurá-lo para tratar da industrialização da fibra, um dos temas do discurso. O presidente cumpriu sua promessa: encaminhou, com seu empenho pessoal, todos os pedidos que lhe foram feitos, como a importação de máquinas e equipamentos, sem a necessidade de divisas. 

Assim começou a saga da implantação da Tecejuta, a primeira grande indústria no Baixo-Amazonas paraense. Uma história que terminou cedo – e, infelizmente, não terminou bem.